Meu Nome É Rotina

Hoje acordei mais cedo, com a certeza que o tempo escorre nos dedos da nossa mão, não reparo às árvores, por achar que sempre estão do mesmo jeito, imagino que ela nos chame de porcos, dependemos tanto delas, e o que fazemos é fingir que elas não estão ali, todos os dias nos observando. Ao sair, vejo as pessoas do prédio e comprimento por educação, sem ter intimidade alguma, às vezes nem um bom dia falamos, não fazemos questão por achar que delas não dependemos, mas a verdade é que ...
Pelas ruas ônibus, faculdade, lugares onde milhares de pessoas que nunca vimos e que ficam desconfiando uma das outras, por medo? Por não acreditar nas outras? Enfim, a desconfiança é necessária, no mundinho pequeno em que vivemos onde as pessoas se matam por vaidade, onde as pessoas correm para comprar cigarro, e depois correm para comprar remédio, remédio para curar a tosse, uma corrida contra o relógio, uma cidade que não para, pessoas não conseguem dormi, pessoas bonitas ignorantes e feias simpáticas, onde homens e mulheres reclamam por querer um relacionamento, mas dizem que ninguém quer nada sério, entra aí a vaidade, mundo onde a preferência por pessoas bonitas ignorantes, pessoas bem sucedidas prevalece, nas esquinas das ruas, encontramos pessoas vendendo muito mais do que queriam vender. Lugares, Rotina, o que nos trouxe até isso, até aqui? Vaidade? Coragem? Medo? Ou nada disso? Rotina... Temos que ir a luta, temos que pagar pra ver, fazemos previsões, prestações, previsões erradas prestações que não são pagas, coisas vagas, não temos riscos de pagar pelos erros que cometemos, somos otários! E achamos que somos o máximo.
Motoristas que correm de mais, outras que nem correm, pessoas que almoçam com alegria conversando com os amigos em restaurantes, outras que não tem o que comer, nem com quem conversar, pessoas que ignoramos, que temos nojo, pessoas que o único amigo é o velho cobertor, essa é nossa rotina, vimos isso e continuamos achando que somos o máximo, e somos um bando de otários! A verdade é que ninguém sabe onde vai parar. Lugares onde temos importância, e outros onde não existimos, lugares onde as pessoas acham que são quase livres, mas ser livre é ruim, é como ser prisioneiro de você mesmo, ouvimos pessoas reclamarem de não ter dinheiro, e ter o mês inteiro pela frente. Chegamos em casa ligamos a televisão, e morremos de rir com o horário eleitoral, morremos de rir com o que vão fazer do nosso futuro, morremos de rir com quem vai decidir por nós. Mas o que é isso tudo? Isso é uma coisa que não tem tradução. Licença Vou sair, agora começa minha ROTINA...


Por Bhrunno Bianchi

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